terça-feira, 27 de março de 2012

Processo parado por tempo indeterminado!!!


 Pois é minhas amigas mais que queridas, o título deste post não é um trote não!!!

A psicologa que está nos avaliando parou meu processo por tempo indeterminado, isto porque o marido dela teve algum problema de saúde e está internado em São Paulo. Com isso ela não pode dar continuidade a nossa avaliação.

Minha "última! entrevista com ela era para ter sido realizada semana passada, mas ela remarcou para hoje, dia 27/03/2012. Mas para minha surpresa, ontem meu celular tocou e era ela, pedindo desculpas, mas que o marido dela ia passar por um procedimento cirúrgico  e que ela não poderia estar aqui hoje para nos entrevistar.

Segundo ela, se tudo der certo semana que vem ela me liga para remarcarmos!!

 Olha, nem sei o que sentir ou pensar...









segunda-feira, 19 de março de 2012

Segunda Reunião - Psicologa...



É minhas queridas amigas, a segunda reunião não foi assim tão "fácil" quanto a primeira...:(

Meu horário era às 14:00 hrs, mas ao chegar fui informada que a psicologa iria se atrasar um pouquinho. Tudo bem! Me colocaram em uma sala mais reservada e lá fiquei...14:15 hrs ela chegou, pedindo mil desculpas e sendo muito simpática como sempre...Pediu licença para dar uns telefonemas e claro que eu não me opus, mesmo porque depois fiquei sabendo que ela estava entregando duas crianças para dois casais da fila, que emoção !! Rsrsrs...

14:45 hrs começou minha entrevista! Confesso que eu não estava em um bom dia...eu e o marido tínhamos discutido, e eu estava para poucos amigos...

Ela começou com a pergunta : " Sobre o que você quer falar ? "..Nossa, sinceramente, NADA!!! Claro que só pensei né.....kkkkk...

Mas assim foi, falei sobre minha família...como eu e o marido viemos parar em São Carlos...Falei um pouco sobre  O Luto da Infertilidade ( Lene, amei essa definição!!)..Enfim, falei, falei e falei...

Quando foi 15:45 hrs ela disse que ia marcar outra entrevista porque ela não queria deixar meu marido esperando muito lá fora (o horário dele era às 15:30). Nossa fiquei desesperada!!! Achei que aquela era a última entrevista..perguntei se ainda faltava muito e ela disse que não, mas que preferia não fazer as coisas com pressa...

Ai meninas, desde então estou com uma angústia que me consome!!!

Não sei se ela marcou outra, porque realmente não deu tempo dela fazer todas as perguntas, ou se eu falei alguma bobagem e agora ela ta em dúvida em relação ao meu parecer...

To que não consigo me controlar....Claro que o marido acha que tudo é bobagem da minha cabeça, mas vocês conhecem psicólogos né???!!  Agente nunca sabe ao certo o que eles estão pensando...Que sofrimento!!! 

Na entrevista do Rafa ela focou mais na nossa relação..Como nós éramos juntos??...Como que nós éramos em relação a crianças...
 Nossa nova entrevista ficou para quarta agora (21/03) a do Rafa, e a minha para quinta (22/03).

Haja coração!!!!

 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Famílas legítimadas pelo amor! Matéria compartilhada de Suzana Sofia Moeller Schettini

Estou compartilhando essa matéria do facebook da Suzana Sofia Moeller Schettini porque achei de extrema importância!!

Precisamos trabalhar na cabeça da sociedade, esses tabus acerca da adoção!! 





  Foi o nosso "direito de resposta" concedido pelo jornal, em função da associação negativa feita entre adoção e delinquência, em algumas matérias sobre o assassinato de um casal, ocorrido aqui em Recife recentemente. O crime foi cometido pelo filho, que é adotado.
A matéria de hoje está muito boa. Ocupou 6 páginas do Caderno Arrecifes e veiculou na capa principal do jornal. Traz depoimentos de várias famílias adotivas. Pais e filhos falam de suas experiências exitosas e tranquilas na adoção.
Estamos todos muito felizes com a reviravolta que conseguimos por aqui!
A matéria contem muitas fotos e colorido. Eu digitilizei tudo e tentarei postar para que vejam melhor. Vale a pena!
Abaixo, vai apenas o texto.

Jornal do Commercio, Caderno Arrecifes

Recife, Domingo, 11 de Março de 2012.

 Famílias legitimadas pelo amor

Longe dos rótulos, núcleos familiares nascidos a partir da adoção comprovam que o parentesco é algo que vai além do sangue: é conquista diária que exige dedicação e vontade


Apresentação da editora chefe do Caderno:


Laços de família além do sangue


Recentemente, o caso do filho que matou os pais no Recife chocou o País. O bispo Robinson Cavalcanti e a esposa, Míriam, foram brutalmente assassinados, a facadas, pelo filho, Eduardo, que já está preso. Além dos motivos que levaram o jovem a cometer o crime, chamou a atenção o fato de sempre que se falava do parentesco entre os envolvidos, era salientado o fato de Eduardo ser adotado. Como se nunca no País infelizmente tivessem ocorrido casos de filhos biológicos que acabaram com a vida dos pais. A reportagem de capa desta edição surgiu a partir da reflexão sobre esse que deveria ser um pormenor. Com segurança de quem é mãe e sensibilidade de jornalista que atenta para os detalhes, Bruna Cabral redigiu uma bela matéria sobre as famílias que nascem do difícil ato da adoção. Difícil porque dá trabalho vencer a burocracia e mais ainda conquistar o amor daquela criança que já foi tão magoada pela vida. A boa notícia é que é possível sim criar laços de parentesco definitivos, por vezes até mais fortes que os originados pelo sangue.


Janaína Lima, editora.


CAPA


Elos cerzidos pela vida


Para quem protagoniza relações familiares costuradas pela adoção, amor tem gosto de arroz com feijão. É conquista cotidiana, que vinga, cresce e estabelece laços inquestionavelmente legítimos


Bruna Cabral - bruna@jc.com.br


Nem das suculentas maçãs do paraíso, nem do indigesto enxofre do purgatório. Para quem protagoniza relações familiares cerzidas pela adoção, amor tem gosto de arroz com feijão. Afinal, por mais que a sociedade insista em atribuir rótulos, méritos e deméritos à configuração familiar pautada mais por convicções que por instintos, quem empreende uma batalha jurídica e outra afetiva em busca de seus rebentos sabe que parentesco é, e ninguém ouse duvidar, substantivo erguido com a argamassa incorruptível do cotidiano. Uma construção que leva tempo. Dá trabalho. Exige dedicação e persistência. Mas vinga. Cresce. Estabelece elos inquestionavelmente legítimos. E, apesar dos inevitáveis percalços da vida, perpetua famílias felizes nos quatro cantos do planeta, desde que o mundo é mundo.


No Brasil, a adoção só foi contemplada com uma lei específica em 2009. Hoje, qualquer um que queira adotar uma criança precisa primeiro dar entrada numa série de documentos, passar por uma avaliação psicológica, entrar num cadastro nacional e ainda fazer uma espécie de curso preparatório, conta Suzana Schettini, psicóloga especializada no assunto. E por mais compridos que possam parecer, esses trâmites, garante, já foram bem mais complicados e lentos.


Mãe adotiva e presidente do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Recife (Gead), ela avalia que o preconceito é hoje entrave bem maior à adoção que a burocracia. Vez por outra, um fato terrível como esse assassinato do casal de religiosos, cometido pelo filho há algumas semanas, reacende a polêmica em torno do assunto. As pessoas passam, aliás, voltam a tratar a adoção a partir do equivocado pressuposto de que mais cedo ou mais tarde a relação vai se tornar problemática, diz Suzana, que se apressa em avisar que, na prática, esse terrorismo não se confirma. Isso não passa de bullying social.


Os números referentes à adoção em Pernambuco não deixam Suzana mentir. Segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), só em 2010, um total de 937 crianças deixaram instituições de acolhimento Estado afora para se instalar na árvore genealógica alheia. E os recifenses, claro, são maioria na lista de famílias que começaram numa assinatura. Na Veneza brasileira, a cegonha do Poder Judiciário pousou exatas 183 vezes no ano retrasado. E não perdeu as viagens. Os casos de insucesso não chegam a 1% dessas estatísticas, diz o desembargador Luiz Carlos Barros Figueiredo, coordenador da vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco.


Mas número é número. E filho é filho. Não dá para dizer que não existem problemas numa relação desse tipo. Às vezes os pais escolhem o momento errado para tomar essa decisão. Às vezes depositam uma expectativa exagerada na criança. Ou pior: erram na motivação, achando que fazem caridade. Aí, complica bastante, diz Suzana. Mas não inviabiliza.


Mãe de Bruno e Marco Gabriel, 13 e 9 anos, a psicóloga e terapeuta floral Ana Azevedo, 54, também acredita que o revés do preconceito é um dos principais entraves à felicidade das famílias reunidas pela adoção. Muita gente tem a ilusão de que assumir a guarda de uma criança é uma grande obra social, uma ação humanitária. Mas não tem nada a ver com isso. Também não é mágica, nem conto de fadas. É só um arranjo familiar diferente. O que muda é o começo. O resto são prazeres e desprazeres do cotidiano, diz Ana, que garante: não escolheu ser mãe. Foi escolhida.


Há muitos anos, trabalhei numa escola e acabei ficando muito ligada a uma das adolescentes. A menina cresceu e nunca mais perdemos o vínculo. Ela casou, teve dois filhos mas, no segundo parto, morreu. Não sem antes pedir a Ana que cuidasse de suas crias, caso alguma coisa desse errado. A princípio, dividia a guarda dos meninos com os avós e o pai. Até que assumi os dois em definitivo. Com o apoio da família, claro, que se traduz em visitas constantes. O começo, conta Ana, foi muito difícil para todos. Mas eles sempre me deram muita força. E vice-versa.


Se precisasse traduzir a adoção numa equação, a psicóloga diz que não abriria mão de dois fatores: paciência e sinceridade. Não entendo por que o assunto é um tabu. Depende dos pais afetivos se a criança vai encarar com naturalidade ou não aquela situação, diz. E Suzana reforça: O problema não é ser adotado. É ser enganado.


Segundo a presidente do Gead, negar à criança o direito de conhecer sua história é meio caminho andado para dores de cabeça futuras. É preciso falar abertamente sobre a adoção desde o princípio. E nem precisa procurar ensejos. Eles acontecem naturalmente, no meio da enxurrada de porquês da infância. Cabe aos pais responderem o que lhes foi perguntado. Com o tempo, a conversa evolui, conta Suzana, que lembra comovida da pergunta inusitada que um dia um de seus pequenos e astutos pacientes fez no consultório: Se não nasci da barriga da minha mãe, nasci de onde? De um ovo?


Quando fez um questionamento parecido à mãe pela primeira vez, o advogado e professor universitário Rômulo de Freitas, 31, não tinha nem tamanho, nem juízo. Mas lembra da cena nitidamente até hoje. O que minha mãe me disse naquele dia continua sendo, para mim, a melhor forma de traduzir nossa relação. Ela falou que eu era seu filho, sim. Mas do coração e não da barriga. Achei aquilo lindo. E só muito mais tarde voltei a falar no assunto, diz Rômulo, que afirma de cátedra: famílias que se formam pelo amor e não pela biologia não geram, necessariamente, pessoas doentes, revoltadas ou violentas. Pode acontecer em qualquer núcleo familiar.


Temporão e caçula mimado de quatro filhos, Rômulo diz ter muita gratidão pelas oportunidades que a vida lhe deu. E, em retribuição, garante ser o mais engajado dos irmãos. Sou o fiel da balança. Faço questão de reunir todos, conciliar os ânimos, congregar.


Maria Luiza Albuquerque, 18, também considera mais que legítimos seu desejo e merecimento de pertencer à família que a acolheu nos primeiros dias de vida. Para ela, amor é troca, respeito e gratidão. Não sangue. Chego a esquecer que sou adotada. Porque isso não importa, na verdade. A relação que tenho com meus pais é de verdade. Não interessa de onde ou de quem eu vim, diz a primogênita da professora Eneri Albuquerque, 56, e do advogado Paulo Albuquerque, 57, que dispensam rótulos na hora de curtir o enredo familiar que escolheram protagonizar.


Pais também de Luana Raquel, 13, eles garantem que todo e qualquer genitor dedicado é, na essência, alguém que escolheu suas crias. Quantos casos a gente não vê por aí de mães que deram à luz, mas nunca assumiram a maternagem de seus filhos de fato?, questiona Eneri, para quem toda relação de afeto e/ou dedicação começa numa adoção. A gente adota amigos, cônjuges, causas e por aí vai.


Sua vizinha de porta, Rosane Alencar, 44, também professora, abraçou essa causa e as trelosas gêmeas Marina e Louise há quatro anos. Meu caso foi completamente atípico. Tentei fazer inseminação, mas não deu certo. E foi muito traumatizante. Quando me refiz, parti para a adoção. E acabei descobrindo uma moça, em Paudalho, que estava na oitava gestação e não queria de jeito nenhum aumentar a família, nem fazer mal aos bebês que estavam por vir.


Rosane acompanhou o pré-natal, o parto, o puerpério. Cuidou das meninas e da mãe delas. Depois registrou a duplinha e começou a escrever outra história familiar para elas. Não foram elas que ganharam. Fui eu, diz a educadora, que, se duvidar, até os enjoos da gravidez sentiu, por tabela.


A funcionária pública Cláudia Viana, 40, é outra que jura de pé junto que engravidou. O que é uma gestação senão os preparativos para ter filhos?, argumenta a aguerrida mãe estreante, que também tentou inseminação artificial, mas acabou recorrendo à Justiça para realizar o sonho da maternidade. Esperou por alguns meses e foi contemplada com um casal de gêmeos, que deu o ar da graça na mesma semana em que a mãe de Cláudia morreu. Foi muito significativa para mim essa renovação da vida.


Há exatos 7 meses, Matheus, 3, e Isabela, 2, chegaram para fazer a alegria da casa. E também para ensinar muitas lições a ela e ao marido, o mecânico Gerson Benício, 47. Não vou dizer que é fácil. No começo, quando fomos visitar os meninos no abrigo, eles não aceitavam nossa presença. Choravam. Achavam ruim. Até que conseguimos conquistá-los, diz Cláudia, no meio do caminho que a enfermeira Rosimar Contente, 56, já percorreu três vezes.


Mãe de cinco filhos, entre biológicos e adotivos, ela garante que não cansa de recomeçar. O primeiro da lista foi José Henrique, 34, que colocaram na minha porta quando eu já tinha perdido oito bebês. Fiquei muito feliz. E também muito fértil. Depois dele, Rosimar engravidou de Jorge Adriano, 32, e, logo em seguida, de João Paulo, 31. Achou pouco e ainda adotou Ruthy, 25, e Sara, 8. Dou carão e carinho, limite e amor a todos, sem distinção. Se pudesse, adotaria outras crianças.


A psicóloga Lúcia Soares, 44, não quer muitos. Mas quer tanto manter os gêmeos Alan Vítor e Alana Vitória, 9, debaixo das asas que encarou a forma mais difícil de adoção: a tardia. Há dois anos, ela e o marido, João Batista, 44, foram surpreendidos por um carinho enorme, que não lhes deixou outra alternativa, senão acolher os meninos por quem se apaixonaram perdidamente. Sempre quisemos adotar. Mas esperávamos o momento certo. E para nos acostumarmos com a ideia aos poucos, decidimos fazer o chamado apadrinhamento afetivo. A gente visitava os meninos e podia até levá-los para passear. E de voltinha em voltinha, o amor aconteceu. Pior é que até que nos candidatássemos de fato à adoção, um outro casal se interessou pelos dois. Mas corremos tanto, lutamos tanto, que deu tudo certo. O universo conspirou a nosso favor, conta Lúcia, que adotou e foi adotada pelos gêmeos crescidos para quem a vida decidiu, enfim, abrir portas, janelas e corações.

sábado, 10 de março de 2012

O bicho papão da primeira entrevista!!

E não é que a entrevista foi fácil, rápida e indolor! Quer dizer, indolor não, porque sai de lá com uma dor no corpo, que parecia que um caminhão tinha passado por cima de mim e dado ré...Já o Rafa teve uma dor de cabeça que nem a aspirina deu jeito. 

Acredito que tudo isso foi causado pela tensão pré entrevista!!

Mas, enfim, nosso processo teve início pela psicologa,e por sorte, destino ou intervenção divina, nós pegamos a mais meiga, doce e atenciosa psicologa! Uma graça de pessoa a Eliana!


Chegamos cedo no fórum, é claro, e isso foi bom, porque deu tempo de sentarmos e respirarmos um pouco. O calor estava de matar aqui, e nós resolvemos ir apé, já que ele fica aqui ao lado de casa. Ás 14:00 hrs em ponto ela chegou, pediu licença para despachar uns processos rapidinho e logo voltou. Essa primeira entrevista era para ser separado, o horário do Rafa era às 14:00 hrs e o meu era às 15:30, mas eu decidi ir junto, já que não aguentaria ficar aqui em casa sentada esperando. Levei um livro e ia ficar lá, fazendo hora até a minha vez. Mas quando ela viu nós dois lá, sentadinhos, com cara de coitadinhos, ela decidiu fazer a entrevista com os dois juntos.

Ela iniciou perguntando se tínhamos alguma dúvida sobre adoção ou sobre algum assunto abordado no Curso Preparatório para Pretendentes à Adoção. E foi assim que um assunto foi puxando outro até que quando vimos já era quase 17:00 hrs!!! Isso mesmo, 3 horas de entrevista!!


Mas foi bom, gostoso, falamos de tudo um pouco...na minha opinião, nem necessitava uma segunda entrevista, mas não teve jeito, a próxima ficou marcada para quinta (15/03/02) e desta vez será separado. Ela disse que quer conversar sobre nós, nosso relacionamento, família....Um pouco disso foi comentado durante a entrevista, mas acho que ela quer nos conhecer mais afundo, e também, acho que é uma regra, tem que ser 2 entrevistas e ponto!!


Um dos assuntos levantados pelo Rafa foi a Depressão pós aborto. Confesso que eu nunca tinha ouvido falar e nem ela..rsrsrs..Mas ele leu no livro da Paula Abreu e quis saber mais sobre o assunto. Achei muito interessante essa duvida, e acho que ele deve ser tratado em um post separado.


Ela questionou nosso perfil,(2 irmãos de zer a 4 anos...) e quando falamos ela colocou um sorriso no rosto e disse que muito provavelmente não ficaremos muito tempo na fila, mas claro que isso não é uma verdade absoluta, né...:(


Um outro ponto que ela nos explicou e até pediu desculpas, é que toda essa demora se deve a falta de pessoas na equipe técnica, e assim que o processo recebe o parecer técnico todo o resto (parecer do promotor e do juiz) é muito rápido.


Eu realmente tenho esperanças de que até o final do ano eu esteja habilitada, mas isso são esperanças, a realidade infelizmente pode ser muito diferente.


Eu tenho lido muito sobre a importância dos grupos de apoio, e já tinha um tempo que eu tentava contactar o daqui de São Carlos e não conseguia, até achei que ele tinha se desfeito, mas não, ele ainda existe, e foi através de um telefone passado pela psicologa, que hoje (sábado) nós participamos da nossa primeira reunião no GAASC

Foi e-mo-ci-o-nan-te!!!! 

 Mas essa experiência ficará para o próximo post, e prometo meninas, não demorar muito, ok!!


Obrigada pelo carinho queridas!!


Bjocas

segunda-feira, 5 de março de 2012

E o dia chegou! Chegou junto com a TPM...

Amanhã é o dia da tãoooo esperada entrevista!!

 
Só quem passa por isso sabe o que estou sentindo...Acho que depois da primeira ficarei mais relaxada para as próximas..

E para ajudar, estou com uma TPM de matar!!!

Só choro, choro, choro...Uma depre total!

Deus me ajude a me controlar amanhã na frente da psicologa!!
 Bjos queridas e muito obrigada pela força!!

quinta-feira, 1 de março de 2012

A mídia e a associação nociva entre adoção e delinquência.

Oi meninas!!!

As vezes eu fico em falta com minha amigas blogueiras..é marido, trabalho e agora decidi fazer um novo curso técnico..Como Designer eu não posso "quebrar paredes", mas meus clientes sempre querem que eu quebre uma paredinha ai, outra aqui..e por isso decidi fazer um curso Técnico em Edificações, Deus me de forças para terminar..mas enfim, hoje maridão foi  para SP então eu consegui ler todos os posts atrasados, e foi lendo o blog da Claudinha que eu achei esse texto.

Ja tem um um tempo que esse tema vem me incomodando .."Ele, que era filho adotivo, fez isso..."

Porque enfatizar que o moço era ou não filho adotivo....Quando a Suzane matou os pais a mídia não falou.."Ela, que era filha natural.." Filho é filho e ponto final!!!
No início do ano um rapaz matou os pais em Araras SP, nossa, foi um rebuliço total na cidade...Só se falava nisso, que o rapaz tinha matado seus pais adotivos...

Carta encaminhada, à imprensa, pela Sra. Suzana Sofia Moeller Schettini, Presidente do Grupo de Estudo e Apoio à Adoção no Recife
 
Prezados Senhores,
 
A associação entre adoção e delinquência lançada subliminarmente à sociedade nas entrelinhas das reportagens que se referem ao assassinato do
casal de Olinda, causa incômodo e tristeza  a muitos pais e filhos adotivos, pois reforça preconceitos já existentes no imaginário social.
A adoção é apenas um fato histórico na biografia do assassino, não é o que determina as suas ações. Entretanto, tem sido o primeiro quesito a ser relacionado ao seu perfil.
Filhos são filhos tão somente. Não importa se adotivos ou biológicos.
Na verdade, crianças se tornam filhos apenas se forem afetivamente adotadas pelos seus pais.
Aconteceram vários outros casos de tragédias humanas no passado, promovidas por filhos biológicos, e não se verificou nenhuma referência à sua origem biológica. Por que quando o criminoso é adotivo a questão de sua origem ganha tanta relevância?
No Brasil existem milhares de famílias adotivas felizes, cujos filhos foram muito desejados, são amados e criados com muito carinho e desvelo.
Há mais de 20 anos temos em curso o Movimento Nacional Pró Adoção, promovido por entidades chamadas Grupos de Estudo e Apoio à Adoção (os GAAs) - são mais de 100 distribuídos em todos os Estados brasileiros - que são afiliados à Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD).
O Movimento Nacional trabalha por uma nova cultura de adoção, livre de preconceitos e discriminações e pelo direito de toda a criança a ter uma família. Os esforços conjuntos convergem para uma mudança de paradigma na adoção: ao invés de procurarem-se crianças para famílias que não
podem tê-las, procurarem-se famílias para crianças que já existem.
Temos  cerca de 40.000 crianças institucionalizadas que precisam de uma família e não a conseguem por encontrarem-se fora do perfil desejado pela maioria dos pretendentes à adoção: não são bebês, nem brancos, nem meninas, nem saudáveis.
Como disse Einstein, "é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito".
A associação nociva entre adoção e delinquência, certamente deixará os seus efeitos nefastos na memória social. 
O fantasma do medo assombrará o imaginário dos pretendentes à adoção e os filhos adotivos, por muito tempo, serão apontados com desconfiança e temor! Entretanto, serão as crianças institucionalizadas que pagarão o ônus maior, pois este cenário apenas contribui para postergar mais e mais as suas oportunidades de nova inserção familiar.
Em nome de todos os pais e filhos adotivos brasileiros, pedimos encarecidamente a sua consideração a respeito do exposto.
Antecipadamente agradecemos.
Atenciosamente,
Suzana Sofia Moeller Schettini
Presidente do Grupo de Estudo e Apoio à Adoção no Recife
Mãe adotiva
 
A entrevista completa com a Psicologa vocês podem ler aqui