terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vamos dizer não à qualquer tipo de Preconceito!!!

Olá meus queridos amigos, que nosso ano de 2012 seja infinitamente melhor que o de 2011, e que o ano não acabe no dia 12/12/2012...kkk



Eu cheguei aqui hoje com a intenção de falar sobre um outro assunto bem mais leve, mas me deparei com uma notícia do blog Psicologia e Adoção que me deixou no mínimo indignada!!

Estamos em pleno século 21, e ainda nos deparamos com esse tipo de notícia. 

Confesso que sempre fui a única negra nos ambientes que frequento desde pequena, escola, faculdade...mas nunca sofri nenhum tipo de preconceito aparente! Sou filha de mãe branca (muito branca) e pai negro, minha irmã é braaancaaaaaaa, mas nunca enxerguei ela branca, estranho isso, não sei explicar.

Quando pequena, tinha uma tia extremamente racista, ela sempre "sugeria" que minha mãe fosse sozinha nas festas dos meus primos, levando somente minha irmã. Claro que só fiquei sabendo disso quando adulta, pois o resto da minha família sempre protegeu a mim e a meu irmão desse tipo de atitude.

Foi só depois de grande, quando comecei a namorar o Rafa (loiro alemão) que eu conheci essa palavra preconceito de perto. E esse preconceito vem de todas as formas. 

Quando eu morava em Santo André, SP, em um prédio de classe média Besta as empregadas me cumprimentava com muito entusiasmo, já os moradores mal me olhavam (achando que eu trabalhava no prédio). Uma vez estava me dirigindo ao play com a filha de uma amiga no colo (loirinhaaa) e minha amiga seguia mais a frente com a outra filha, uma moça passou cumprimentou minha amiga, que não era moradora,  e ignorou meu cumprimento.

Aqui em São Carlos então nem se fala, aff..pareço um ET aonde quer que eu entre, principalmente quando estou de mãos dadas com meu marido...

Pior são os comentários: "nossa, os filhos de vocês terão uma cor linda.." Ué, minha cor não é bonita?? E a do meu marido?? 

Café é bom...leite é bom.. e café com leite também é bom...

E estamos falando só de preconceito racial!! Meu melhor amigo é homossexual, e meu Deus!! As histórias dariam outro post

Triste, muito triste tudo isso, essa criança do caso da pizzaria levará isso para o resto da vida, e não me venha dizer que ele irá superar, porque ele é esclarecido, tem o amor dos pais, bla bla bla....Balela!!! Sofremos sim!! Podemos não demonstrar, mas sofremos sim!!!

Bjocas

















Casal espanhol acusa pizzaria de São Paulo de racismo contra filho negro

Tirado do Site Uol: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/01/03/casal-espanhol-acusa-pizzaria-de-sao-paulo-de-racismo-contra-filho-etiope.htm


Um casal de turistas espanhóis acusa uma pizzaria de São Paulo de racismo contra o filho deles. A mãe afirma que o garoto --que tem seis anos de idade, é adotado, negro e nasceu na Etiópia-- foi confundido com um menino de rua. Ainda segundo ela, o menino foi colocado para fora do estabelecimento.
As informações foram passadas pelo delegado Márcio de Castro Nilsson, do 36º DP (Vila Mariana), onde a mãe do garoto registrou um boletim de ocorrência.
Segundo o depoimento dela, o garoto, que não fala português, estava sozinho na mesa e teria sido abordado por um funcionário da pizzaria enquanto ela e o marido se serviam no buffet. Ao se dar conta de que o menino não estava mais à mesa, a mãe saiu para procurá-lo e o encontrou na rua, chorando. Foi então que o garoto disse que havia sido colocado para fora da pizzaria.

Ainda segundo o delegado, a turista disse que, em um primeiro momento, um funcionário que se identificou como gerente da pizzaria negou o ocorrido e disse que não se passava de um mal entendido. Mais tarde, porém, ele afirmou que, como havia uma feira na rua naquele momento, havia confundido o garoto com um menino de rua.
O fato ocorreu por volta das 13h30 do dia 30 de dezembro, na pizzaria Nonno Paolo, que fica na rua Abílio Soares, no Paraíso (zona sul de São Paulo).
O delegado Nilsson informou que instaurou um inquérito para apurar se houve constrangimento ilegal ou crime de racismo. Se ficar comprovada a ofensa racial, o acusado pode pegar de um a três anos de prisão.

 

 

Outro lado

Em nota, a pizzaria negou que qualquer funcionário tenha tocado no menino. Segundo o restaurante, ao ver o menino, um funcionário apenas lhe perguntou sobre seus pais, mas o garoto não disse nada e saiu do estabelecimento sozinho.